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O que o fracasso nos ensinou sobre crescer em fintech - Finnosummit 2025

Em sua segunda colaboração com a Finnosummit, a Fuckup Nights apresentou duas histórias de fracasso que repercutiram em todo o ecossistema fintech.

Por:
22 de dezembro de 2025
Lições aprendidas com o fracasso no Finnosummit 2025

E se, em vez de mostrar métricas de crescimento, falássemos sobre o que dói?

E se o verdadeiro valor de uma fintech não estiver em seu argumento de venda, mas em como ela se recupera quando as coisas não saem como planejado?

No setor de fintech também se fracassa (e se aprende)

Pelo segundo ano consecutivo, a Fuckup Nights e a Finnosummit uniram forças para trazer à tona algo raramente visto no mundo fintech: a vulnerabilidade.

Nos últimos anos, trabalhamos com empresas como Visa, Deel, Networth e Finnovista, e todas elas compartilham uma necessidade comum: abrir espaços onde os erros sejam fonte de aprendizado e não motivo de vergonha.

Durante o Finnosummit 2025, no palco do Beyond Stage, dois líderes do ecossistema ousaram fazê-lo. Com honestidade, contaram o que deu errado e como isso mudou sua maneira de liderar, inovar e viver.

A Associação de Empreendedores do México comentou:

“A sessão mais honesta e valiosa do ecossistema: Fuckup Nights, porque os erros são os melhores professores.”

Jaime Márquez: Quando crescer rápido demais te destrói por dentro

Em 2013, a STP tinha tudo o que uma startup poderia desejar: um produto adequado ao mercado, um objetivo claro e tração no mercado. Seu objetivo era ambicioso: otimizar o tesouro de qualquer empresa no México por meio do SPEI. Mas, como muitas empresas de tecnologia da época, eles decidiram apostar no próximo passo lógico: levantar capital.

Jaime lembra que tentaram de tudo — apresentações, reuniões com investidores, internacionalização — sem resultados. 

“Todos nos fecharam as portas e nunca conseguimos levantar capital. Saía dessas reuniões com a sensação de que não estavam dizendo não ao projeto, mas a mim”, compartilhou.

A causa? Falta de métricas claras, prospecção massiva sem foco e uma expansão internacional que esbarrou em barreiras regulatórias.

“Víamos nossos colegas evoluir e crescer, e nós não conseguíamos. Eu sentia que talvez não fosse suficiente”, compartilhou Jaime diante do público.

Depois de atingir o fundo do poço, veio uma fase de luto: noites sem dormir, dúvidas sobre a liderança e a decisão de voltar ao básico. Essa abordagem os levou a fundar a Universidade STP, uma iniciativa para formar equipes preparadas para o crescimento sustentável.

Principais lições aprendidas por Jaime:

  • Cada um tem seu ritmo de crescimento.
  • A multidisciplinaridade é uma habilidade crítica para qualquer líder.
  • Às vezes, crescer não é escalar, mas sim manter o que você já é sem se quebrar.

Jorge López: E se você se machucar justamente quando tudo estava indo bem?

Jorge López fundou Millas para el Retiro com uma missão: transformar o consumo diário em poupança para a aposentadoria. E parecia que ele tinha conseguido. O modelo era inovador, o produto tinha tração, eles apareceram no Shark Tank e ganharam prêmios internacionais.

Mas então veio a confusão.

Em um período de seis meses, o provedor de pagamentos foi desconectado sem aviso prévio, a pandemia acabou com os acordos com marcas importantes, o regulador mudou de atitude e eles perderam metade de sua base de usuários.

“Durante três meses, procurei por toda parte um Chapulín Colorado que nos salvasse. No final, tivemos que vender a maior parte da empresa e perdemos o controle.”

Jorge reconhece que houve erros estratégicos: focar no B2C quando os verdadeiros clientes eram as AFOREs, depender apenas do débito como meio de pagamento e não ter mudado rapidamente durante a pandemia.

Principais lições aprendidas por Jorge:

  • Não se esqueça de quem é o seu verdadeiro cliente.
  • As métricas que você não mede são as que podem prejudicá-lo.
  • Os valores da equipe são a única coisa que sustenta uma cultura em crise.
  • E como disseram ao CEO da Airbnb: “Não estrague a cultura.”

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Uma noite que celebra a evolução a partir das cicatrizes

O que ambos palestrantes deixaram claro no Finnosummit foi que o fracasso transforma. Nas palavras de Jaime, “crescer nem sempre é para fora ou para cima, às vezes crescer significa entender quem você é e o que você pode suportar sem se quebrar”.

E Jorge reafirma: “O Millas para o Aposentadoria tem futuro hoje graças ao que aprendemos com esses tropeços. Sem esse erro, eu não teria a equipe que tenho hoje.”

Como resumiu Mónica González Sienra, diretora de operações de eventos da Finnosummit, esta colaboração:

Apreciamos muito o tempo e a preparação que dedicaram à sua sessão FUN para o Beyond Stage. Recebemos comentários muito positivos a esse respeito.

Por que continuar falando sobre fracassos?

Porque na fintech — e em quase todos os setores — o sucesso é apenas uma parte da história. Na Fuckup Nights, vimos como as equipes se fortalecem quando se atrevem a contar o que não funcionou. Quando, em vez de esconder, elas compartilham e transformam.

“Mesmo na área de fintech, os tropeços escondem lições poderosas. Os erros não são fracassos: são o motor de novas oportunidades.” – publicação nas redes sociais de @fuckupnights_esp

Você gostaria de levar essa experiência para sua empresa?

Na Fuckup Nights, criamos experiências únicas para que as equipes se reconectem a partir da vulnerabilidade, fortaleçam sua cultura e transformem os erros em aprendizado coletivo.

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Editado por

O que o fracasso nos ensinou sobre crescer em fintech - Finnosummit 2025
Karla Ferreira
Operações na Fuckup Nights | Certificação Hubspot | Gerenciamento de projetos
Gerente de Operações do Fuckup Nights. Em minha função, gerencio e coordeno as operações da sede da Fuckup Nights. Lidero uma equipe multidisciplinar, cujo objetivo é a execução de eventos corporativos e eventos presenciais com o apoio da comunidade global. Garanto que todos os membros da equipe estejam alinhados com as metas da organização e motivados a contribuir para o seu sucesso :).
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